quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Justiça suspende construção de barragens no Alto Tâmega

A justiça suspendeu construção de três barragens no Alto Tâmega e aceitou providência cautelar da associação ambientalista Quercus.

Em causa está um empreendimento hidroeléctrico que tinha recebido já uma declaração de impacto ambiental favorável, um projecto iniciado pelo anterior Governo socialista de José Sócrates.

A Quercus interpôs uma acção contra o Ministério do Ambiente e, depois de duas respostas, negativas, o caso seguiu para o Tribunal Central Administrativo do Sul e saiu esta semana a ordem que proíbe, para já, a construção das barragens, explicou à Renascença o ambientalista João Branco.

A Quercus considera que há uma violação da directiva europeia da água, “porque, comprovadamente, vai haver perda de qualidade da água na bacia do Tâmega e na bacia do Douro”.

O empreendimento também desrespeita a directiva habitats, “uma vez que há construções dentro da Rede Natura 2000, com ameaça de habitats prioritários e de espécies em perigo”, explica João Branco.

“Até ao julgamento desta acção que nós interpusemos contra o Estado português, as barragens não poderão avançar”, sublinha.

Além desta acção, a Quercus apresentou ainda uma queixa à Comissão Europeia para que a Iberdrola, responsável pelo projecto das três barragens, deixe de receber fundos comunitários.


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