sábado, 15 de outubro de 2011

O princípio do fim

Como há anos atrás (ali por 1990), opta-se hoje por encerrar linhas de comboio, com o simples olhar para números, como se somente deles vivêssemos. Quem sabe e se lembra do descalabro de 1990 (se bem que antes e depois tenha havido também encerramentos e «suspensões»), sabe bem que o resultado foi DESASTROSO. Em vez de ficar com as contas arrumadas, ou saneadas, a CP continuou numa galopante problemática.
Num país em que os senhoritos de Lisboa (que independentemente da sua origem, decidem de modo incoerente) acha que comboio é transporte de pobre e como tal desnecessário (até porque reconhecer que há pobreza é sempre delicado), há que fechar linhas e...concessionar a transporte rodoviário (leia-se desviar dinheiro para o privado)! Pior do que isso, faz-se sem aparente conhecimento das características da linha. Abrando para falar do Vouga: esta linha com um enorme potencial e com carruagens cheias de gente em vários troços, dias e épocas do ano trocada por «concessionárias rodoviárias (assim como o Corgo, Tua, Tâmega) é perfeitamente anedótico! Só mesmo quem quer ignorar a morfologia dos lugares que (tão bem) a linha serve, é que pode inventar tal medida!
Como há anos temos vindo a declarar, temos de vez que nos unir e tentar fazer ver aos homens-sombra de uma troika de valor discutível, que o comboio não é um problema para o país, mas parte da solução!

José Cândido, GAFA - Grupo de Apoio à Ferrovia Aberta, a propósito desta notícia patética:

http://noticias.sapo.pt/info/artigo/1194023.html

Já agora, riam com este artigo (vejam comentários) http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/13199778.html

De reparar que ainda paira a ameaça de fechar de vez todo o caminho-de-ferro

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